sábado, 5 de fevereiro de 2011

BOMBEIRO ACUSADO DE TRÁFICO AMEAÇA JUÍZES

MPF pede transferência para presídio federal de bombeiro acusado de tráfico e ameaças a juízes no Mato Grosso do Sul - 04/02/2011 às 15h52m; O Globo

SÃO PAULO - O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) pediu nesta quinta-feira à Justiça a transferência do ex-bombeiro Ales Marques, que está detido no Presídio Militar de Campo Grande, para um estabelecimento penal federal de segurança máxima, fora do estado. Segundo o MP, o ex-bombeiro estaria, apesar de preso, planejando a morte de desafetos e de juízes federais que atuam nos processos nos quais é acusado de liderar quadrilha de tráfico internacional de drogas.

O MPF pede que seja resguardada a integridade dos magistrados ameaçados e afirma que, no presídio militar onde está detido desde julho do ano passado, Ales Marques "continuou usando celulares livremente".

De acordo com os MPF, o preso teria saído do presídio no dia 14 de janeiro passado, sem algemas, para acompanhar um capitão e dois policiais militares em uma diligência em uma chácara de Campo Grande, onde, sem mandato judicial, foram feitas buscas sem que fosse informado ao proprietário o que os policiais procuravam. O MPF ressalta que o fato foi confirmado pela Polícia Federal (PF), que obteve vídeos da ação e colheu dados que reforçaram as suspeitas da existência de planos de Ales Marques para assassinato dos magistrados e de um esquema de corrupção envolvendo a chefia da escolta de detentos do Presídio Militar de Campo Grande.

O MPF pede a instauração de inquérito na PF para apuração dos crimes de ameaça e coação contra juízes federais, por parte do preso.

Ales Marques foi preso em flagrante em julho de 2010 e teve a prisão preventiva decretada em outubro de 2010, durante a operação Maré Alta. O MPF denunciou 18 pessoas da quadrilha, inclusive a ex-mulher e os filhos do militar, que também estão presos. Foram apreendidos quase 80 kg de cocaína.

Marques responde a duas ações penais, por tráfico e associação para o tráfico transnacional e interestadual de drogas, além de tráfico internacional de arma de fogo. Os processos correm na Justiça Federal de Ponta Porã.

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