segunda-feira, 24 de setembro de 2012

JUSTIÇA PROIBE AITIVIDADES ELEITORAIS PARA EVITAR VIOLÊNCIA

ZERO HORA 24 de setembro de 2012 | N° 17202

CONTRA A VIOLÊNCIA

Juíza proíbe atividades eleitorais em duas cidades

 FERNANDA DA COSTA

Um histórico de brigas, agressões e até tentativas de homicídio por motivos políticos fez a Justiça Eleitoral proibir comícios, passeatas, bandeiraços e carreatas em Machadinho e Tupanci do Sul, no norte do Estado. Mesmo assim, militantes rivais envolveram-se em uma confusão em Machadinho.

A decisão da juíza eleitoral Paula Moschen Brustolin foi tomada na manhã de sábado e comunicada aos representantes das coligações nos municípios. A medida proíbe a realização de eventos com aglomeração de pessoas, mesmo que previamente agendados. Outros atos de campanha seguem normalmente. A desobediência será punida com multa de R$ 5 mil por evento, e a arrecadação será encaminhada a entidades de assistência social.

O motivo da proibição é o histórico hostil que as cidades carregam no período eleitoral, quando militantes partem para a violência para resolver desavenças. Há ocorrências de brigas generalizadas, disparos de armas de fogo, lesões corporais, ameaças, incitação à violência e até formação de milícias com a contratação de seguranças. Os atos, segundo a juíza, prejudicam candidatos e eleitores:

– Essas condutas afetam a igualdade de condições entre os candidatos e a prática regular de propaganda eleitoral. A tentativa de convencimento do eleitorado pela força e não pela argumentação atrapalha consideravelmente uma eleição.

As coligações podem tentar reverter a decisão da juíza no TRE.

Confusão envolveu cem pessoas em Machadinho

Apesar das novas regras, na tarde de sábado, mais de cem pessoas de duas coligações se envolveram em uma troca de provocações em Machadinho. A BM teve de pedir apoio ao Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Vacaria para acalmar os ânimos. Pelo menos, cinco ocorrências por ameaça de agressão foram registradas. Ninguém ficou ferido.


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